segunda-feira, 6 de agosto de 2007
" Ai de Mim"
Hoje foi apresentação do nosso trabalho na ELT: " Ai de Mim". Foi muito legal, há dez dias buscávamos soluções para as cenas que cada um. O processo foi prazeroso, criativo e muito desnudado em todos os sentidos. Nós nos despimos de dúvidas, questionamentos sobre nos mesmos, nesse sentido uma lavada n'alma, um ritual.
Uma adaptação para Medéia:
Minhas testemunhas...sai do meu habitat natural para não merecer reprovações, pois conheço os mortais (olha o cigarro, joga-o fora)... o vício desses mortais (cospe). A justiça desse mundo não presta, eles punem os inocentes e sacrificam-se por pouco. Eu também não aprovo o cidadão que por orgulho fere os outros, corrompendo, destruindo para satisfazer a sim mesmo.
Aquele que era tudo pra mim, o Homem, tornou-se o mais péfido de todos. Precisamos comprar muito caro o amor do Homem mas mesmo assim ele não desiste dos seus brinquedos de guerra, da luta pelo poder, da conquista obscessiva pela riqueza. Ele diz que a natureza é passiva, infinita ao passo que combate em nome do progresso, do desenvolvimento. É mentira. Eu prefiro o movimento dos cataclismas, dos furacões, dos grandes abalos sísmicos, das grandes revoluções a ter que parir tranquilamente um só filetizinho de àgua potável durante milhões de anos. Mas não nos encontramos na mesma situação, não é mesmo? Eu estou aqui, vocês estão aí, claro... engordando suas famílias, trabalhando pra pagar a conta do cartão de crédito, saciando os prazeres mais inúteis. E eu abandona, esquecida, proscrita, sou ultrajada pelo Homem, arrancada por ele à uma terra desconhecida, artificial. Não tenho nada mas posso tudo.
Portanto, seu eu encontrar algum artifício para vingar-me o Homem pelos males que sofro, guardai segredo. A Natureza é comumente generosa, amorosa, estreme a vista da arma, mas quando seu leito é ultrajado não existe alma mais sedenta de sangue!
sábado, 4 de agosto de 2007
Dia Lindo!!!
Dias intensos,tardes serenas,contemplativas...às vezes até esqueço que sou gente nessa maratona enlouquecida. Um sushi pra compensar a falta do almoço atrasado,protelado à três dias, não por ironia. É que o espiríto precisa de pouco quando em extase sublima vãs preocupações deliciando-se pelas ruas paulistas como uma borboleta colorida ao fundo do cinza urbano da metrópole. A pele rosada queimada pelo frio está sensível como os dedos apertados pelas botas...
Previ que teria história pra contar esse dia por isso mesmo rascunhei esse primeiro parágrafo e só hoje quatro dias depois venho completá-lo. Foi um dia lindo e uma noite deliciosa. A noite enquanto descia pela rua Augusta encontrei um mancebo, beijei-o, cheguei nos Parlapatões conversei com alguns amigos e soube de um sarau em frente ao Satyros. Salve, salve, estava com o texto das histerróidas na mochila não por acaso. Lindo!!! o texto funciona!!!!
Assinar:
Postagens (Atom)