sábado, 23 de janeiro de 2010

Magra

Lenine

Composição: Lenine/Ivan Santos
Moça
Pernas de pinça
Alta
Corpo de lança
Magra
Olhos de corça
Leve
Toda cortiça
Passa
Como que nua
Calma
Finge que voa
Brasa
Chama na areia
Bela
Como eu queria
Magra, leve, calma
Toda ela bela
Tudo nela chama
Segue
Enquanto suspiro
Toda
Cor de tempero
Cheira
Um cheiro tão raro
Clara
Cura o escuro
Ela
Braços de linha
Dengo
Cheio de manha
Durmo
E peço que venha
Acordo
E sonho que é minha
Magra, leve, calma
Toda ela bela
Tudo nela chama

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

adorei, te conhecer
poreim
vou te lembrar...
ao final
os idiomas deram certo
nesse futuro incerto
pra nosso intimo concerto...

lembrei, seu olhar
por acaso...
pra te lembrar
ao noite...
as palvras foram lindas
(nesse mundo material)
pra nossa coneçao espiritual

pois è, a vida a e incerta
muitos vao, muitos vem
ninguem para, e , ao final...
cê e eu
vamos nessa
vida simple, vida a cores
foi a sampa ou BS AS
foi nossa força de pessoas
que fazem parte dessa historia...

GABITO pra voce....
AGRADEÇO A QUERIDA INEZ LEMOS POR CONCEDER A PUBLICAÇÃO DO SEU ARTIGO NO MEU BLOG E PARA QUEM SE INTERESSAR É SÓ ACESSAR O BLOG DELA: amoresurgentes.blogspot.com


ÉTICA DA FAMÍLIA
Inez Lemos

Que relação que podemos estabelecer entre família, ética, tempo e modernidade? Em que ética as crianças são educadas quando a lógica é do tempo-benefício? A pressa que aflige a vida moderna contribui para a solidão e depressão, nos esvaziando de sonhos, esperança e beleza.
Tempo! Quem é esse poderoso que comanda nossas vidas? A relação com ele se modificou ao longo da história. Antes, o relógio ordenador da vida social era o da torre da Igreja, depois migrou para a torre da fábrica, agora se disseminou entre valores e prioridades que comandam nossos passos. Quem é esse que tem a chave dos minutos e que, embora não o conhecemos, o obedecemos? Um “Compositor de destinos, tambor de todos os ritmos...Por seres tão inventivo e pareceres contínuo...Que sejas ainda mais vivo no som do meu estribilho” - e que mereceu de Caetano uma oração.
A família contemporânea vive imersa na temporalidade urgente dos compromissos inadiáveis, uma prioridade regulamentada por um terceiro invisível, um grande outro que sutilmente decide qual o tempo que ela deve despender com os filhos. Convencionou-se que gastar parte do dia com os filhos é “perder tempo”. Tempo que foge à esfera econômica é tempo inútil. A tecnologia criou o tempo do computador, do celular, da TV. Parafernálias com representação social de valor, seriedade - gente ocupada que pensa e age com responsabilidade.
A sociedade pós-industrial expropria o sujeito de tudo que lhe é próprio – experiência, desejo, escolha. Na condição de consumidores de imagens e modelos, acabamos confundindo o sentido da vida com os interesses do mercado, pois é o fetiche da mercadoria que atribui aos objetos poder e erotismo. Hoje, vamos ao shopping com a mesma ânsia que íamos ao cabaré. Em busca de ilusão nós nos submetemos ao poder de sedução das mercadorias. Preocupante não é quando desejamos objetos de consumo, mas quando o laço social é organizado pelo consumo.
Walter Benjamin, filósofo e crítico da modernidade, confessa: “para viver a modernidade, é preciso uma constituição heróica”. Se a modernidade exige coragem na recusa às seduções e no enfrentamento dos desafios, como nos preparar para resistir ao lixo moderno - televisivo, midiático, cibernético?
A razão moderna vincula tempo à obrigação, dinheiro. Contudo, há um tempo que nos acompanha - ora nos angustiando, ora nos alegrando. Qual existência queremos tecer ao longo da vida? Um tapete que bordamos exige tempo e entrega. Em cada ponto fincamos sonhos e esperança e tecemos a metáfora da vida - quando viver é desfazer pontos, desatar nós. Esse tempo nós podemos e devemos comandar, pois se foge ao nosso controle e é dirigido por um terceiro alheio ao nosso desejo, é devastação na alma.
A família moderna vive oprimida entre o desejo e os comandos do mundo do trabalho, da aparência e da ostentação. Se ceder em seu desejo, sente-se culpada por estar em desacordo com o que a sociedade estabeleceu como bem. Como apossar do tempo como algo próprio, decidindo quanto devemos despender com filhos, amores, livros e amigos? Como enfrentar esse déspota que nos tortura exigindo que façamos algo que detestamos ou em que não acreditamos? É preciso coragem moral para discordar das convicções estabilizadoras dos laços sociais. A tragédia do homem moderno é conciliar desejo, autonomia e liberdade. Conquistar uma temporalidade própria sem ser derrotado pela culpa - transcender padrões e instituir outra lógica temporal.
Vivemos premidos por uma culpa neurótica que nos impede de usar o tempo como desejamos. Orientar-nos pelo que definimos como bem exige longa caminhada. Seguir pegadas alheias é mais fácil que inaugurar trajeto próprio. Muitas vezes criamos meios de fugir dos fantasmas que nos atormentam. Sem tempo justificamos tudo. Fugimos para não nos envolver com os demônios que urram, para não decifrar enigmas que nos cutucam. Corremos das oportunidades de nos questionar, nos investigar. Fugimos dos objetos perdidos, das marcas mnêmicas que nos afetaram. É confortante não ter que construir um sentido próprio para a existência. Se fomos programados para desejar o que não desejamos, pra comprar o que não necessitamos e para viver como não escolhemos, como garantir que gastaremos o tempo executando realmente o que acreditamos?
A dor de se saber só, de apalpar a precariedade e os limites da condição humana. Ao enfrentarmos os desafios que o mundo nos impõe, é natural ansiarmos por rotas de fuga. O tempo ocupado não pensa no futuro incerto, na velhice solitária. O tempo alienado não nos atormenta com questões íntimas. Indigentes de sentimentos, mendigos de nós mesmos, como ter tudo não nos tendo? Eis o paradoxo do mundo moderno: ao mesmo tempo em que ele controla tudo, não nos quer decifrando nossos incômodos, angústias. Quando o encontro entre as pulsões eróticas e o objeto que orienta as buscas afetivas fracassa, o sujeito vaga desvitalizado, deserotizado. Dos amores que orienta o filho, amores edípicos, restam apenas traços desbotados e imagens esmaecidas.
O indivíduo moderno vive a individualidade como metáfora de progresso e avanço. Mergulha numa pletora de tarefas e prescinde do outro. Com agenda carregada não se deixa afetar pelos apelos do coração - filhos, família, amor. O indivíduo bem sucedido que a atualidade cultua não tem tempo para coisas miúdas, desconcertos internos. Sentimentos oscilam e contradizem a lógica de perfeição. Sem tempo para os chamados íntimos, a vida fica chata. Como superar o amor perdido? O tempo de luto implica a reconstrução de um novo ritmo - agora sem o objeto amado. Necessitamos, diante de uma perda afetiva, de tempo para nos reorganizar psiquicamente. Há o tempo do choro, da tristeza. Virou moda querer sanar as perdas somente com remédios, cobrando pressa no trato da dor. Hoje, é proibido curtir o que antes chamávamos de fossa - temos logo que partir para outra.
Choro adiado, tristeza tamponada. Sentimento sufocado produz ressentimento. Adiar raiva e agressividade faz mal. A paz sonhada não chega meio à fuga aos incômodos e desconfortos. Não podemos passar a vida apenas fotografando a felicidade, os momentos de alegria. O prazer de viver deve atravessar as entranhas e se instalar no cotidiano. Ao captarmos a alegria apenas por flashes, nos posicionamos como demissionários de nossa própria causa. O afã em registrar fragmentos que testemunham o bem viver deflagra nossa miséria existencial, nossa mendicância afetiva. A vida que queremos agarrar se esconde nas frestas da intimidade.
Renascer, rever, vivenciar, saborear. Sabor e sabedoria andam juntos, diz do desejo de querer saber mais de si. Segurança interna advém de saber fazer, saber sofrer, saber esperar. O renascimento de sentimentos novos exige apaziguamento na alma. Felicidade combina com morosidade.
O belo tem o estatuto de algo perdido e que escapa à lógica do tempo mercadoria. Em O tempo e o cão, Maria Rita Kehl busca em Baudelaire elementos que confirmam a conexão entre modernidade e depressão: “A modernidade se apresenta a Baudelaire como um tempo disforme, em função da velocidade com que supera a si mesma e a tudo que a antecedeu a fim de se perpetuar”. Obsolescência das mercadorias, desvalorização da experiência e memória, cultura do efêmero. Tudo provoca antecipação do futuro e banalização do passado e do presente.
O tempo homogêneo que todos usam de forma igual se apresenta num eterno presente, confundindo passado com futuro, como ilustrou R, jovem em análise: “Até há pouco tempo viver para mim era tudo igual, não tinha passado nem futuro, era só presente”. O que marca a duração é o tempo afetivo - as intermitências do coração que nos surpreendem e embelezam. O que executamos sem sentir é outra coisa.
Baudelaire faz uma relação entre melancolia e estética. E Maria Rita Kehl completa: “a beleza das velhas mulheres, das velhas coisas, das coisas perdidas, associa-se nessa passagem não apenas aos valores morais que elas preservam, mas à dor que elas evocam”.
Na ditadura militar era proibido contrapor o autoritarismo. Muitos viviam na clandestinidade. Hoje, proibido é não seguir tendências, modismos. Muitos se envergonham por não aderir à permissividade ou não exibir uma bela plástica. São os clandestinos do desejo. Aos pais cabe decidir uma ética e estética para os filhos, ensinar o que é belo e relevante. A humanidade sem rosto e sem vigilância ética convida à desordem, à anomia.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010


UM AMOR PRA CHAMAR DE SEU!!!!!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Resumindo

Uma fresta de luz por entre a porta de vidro

Um céu estrelado,Orion definido. Desse pedaço de terra tantas histórias, dessa terra tantos frutos e verduras. Me lembro do meu aniversário de 10 anos aqui. Não havia a piscina nem a casa do caseiro, só a casa na sua primeira versão. Naquela época o aterro do brejo era aparente, havia um declive para o resto do terreno. Foi a primeira comemoração no sítio. Festa de Santo Antônio, fogueira, muita comida e muita gente.Acho que foi a melhor festa de aniversário que já tive. Era uma espécie de comemoração pela conquista do sítio, se não estou enganada poucos dias antes o padre havia benzido a casa.Algum tempo depois meus pais resolveram construir a piscina, foi um evento muito importante, afinal, ter uma piscina em casa era um artigo de luxo. Me lembro das escavações e do buraco que enchia com as chuvas, a piscina nem ficara pronta e eu já estava lá me banhando na água empoçada da chuva e escorregando a barriga nos azulejos. Ensinei muita gente a perder o medo de água, ou também , traumatizei muitas crianças a entrar nela. Daniela foi o alvo mais marcado, certamente , não saia daqui e, sem dúvidas, brincamos muito como também brigamos.

Já é 23 de dezembro de 2009, daqui a pouco é 2010 nem sei quanto tempo passou ao certo, mas se a história tem cheiro, acho que eles estão impregnados nos lugares que passamos. O prédio onde moramos, a loja e o sítio guardam vivas nossas memórias. Mais uma vez o TEMPO, acho que gostaria de uma outra vida só pra estudá-lo. Volto às estrelas e elas continuam lá, parece que resistem a todas as vidas, faço pedidos, agradeço. Me sinto tão humana assim deitada olhando o céu de estrelas, reflito sobre o que me falta. Sinto falta de céu! Um ser que não se comunica com seus astros, é como me percebo agora, como se estivesse desconectada literalmente. Quando piso aqui não me reconheço também mas quando olho pra cima, sinto proteção divina. “Tudo ao mesmo Tempo”.

Viver de recordações. Hoje fui ao dentista e esse mesmo foi o primeiro cara que beijei.Estranho pensar que se passaram 17 anos, daquele dia em que estava tudo combinado para ficarmos numa rua escura ali perto do Funil Clube, a ansiedade levantou suspeitas da minha mãe, mas o negócio já estava certo. Na hora combinada o moço também um pouco ansioso estava de aparelho nos dentes e hoje, benfeito da natureza trata dos dentes dos outros. Estava lá concentrado no seu trabalho.Depois de realizada a limpeza nos meus dentes sentamos para uma conversa que poderia se estender até o fim da noite. Depois de 17 anos quanto coisa poderia ser compartilhada!

A fresta de luz também está lá hoje que talvez já seja dia 24. Nomeie este canto para fazer minhas confissões.Ontem o céu, hoje os dentes. São dias longos mas tranqüilizantes. Fiz uma lasanha de berinjela, ficou pronto às 10: 30 tarde demais para meu velho. Comi sozinha mais uma vez, mas confesso que talvez sobreviveria à esse tipo de vida. E se estivesse por aqui, certamente, estaria morando aqui no sítio. Voltar pra terra reforça meu desejo de mato. Ainda vou morar em casa de mato verde e varanda, com pé direito alto e mezanino sem divisórias. Nesse espaço, coloco um tecido e um trapézio, um som, muitas almofadas e bolas ergométricas. Lúdico.

Amanhã Natal, já é o meu trigésimo. Poderia comprar presentes mas resisto. Não gosto desse comércio artificial dessa época. Prefiro que chegue um próximo dia que possa pedir para escolherem os presentes, tudo na premissa do suficiente... Mas é Natal, seu visinho ou aquele amigo ainda te envia aquela mensagem brega no celular...sabe? Eu queria mesmo é filosofar na noite de Natal, tentei mas não fui compreendida. Queria antecipar a festa da carne, pedir pra todos ficarem pelados e depois, muitos poderiam enxergar aquilo que não queriam, outros, talvez se interessassem pelos atributos de outros. Mas é que eu acho que as pessoas esquecem que Jesus morreu quase pelado e ascendeu dos mortos certamente rente aos céus.

Sem noção do tempo:

LOCAÇÃO: Sítio AINDA

Sapos, sapos e sapos, sa pôs.... Hoje dia 29. Corre o risco que querer beijar algum sapo e eu virar uma perereca saltitante e histérica.Quem sabe, é melhor kafkar um pouco e beijar uma barata, afinal, aqui tem tantas!!!

LOCAÇÃO (Agora em Vespasiano ou no Cu das Vespas).Reveillon acho que combina com pizza mesmo, dessas que se compra a massa em supermercado principalmente.Inesquecível os fogos desse ano!!! Atrás do Morro Alto e daquela Caieras ainda se pode ver Belos Horizontes e até Lagoas Santas.De fato, agora olhando melhor daqui percebo que além da distância, a altura também é elevada. Concluo: Estou num BURACO. Mas mesmo assim estou com pessoas agradáveis,isso é que importa. Meu velho no sétimo sono. E minha afilhada? Como será que está? Coitadinha ou melhor felizarda conseguiu uma desintoxicação relâmpago para a virada, cagou e vomitou ainda os restos indigestos de 2009. Para os mais anoréxicos isso é privilégio de poucos. Haja PIC também pra outros mais sofisticados.

Dia primeiro é um espetáculo a parte na casa de vovó. Dizem que os mais ignorantes são mais felizes porque desconhecem a depressão, doença da alma. As vezes me dá vontade de conviver mais com ou loucos da casa de D. Olga, é tudo tão teatral e ao mesmo tempo tão espontâneo e tão expressivo, tão gestual...

“Compreende-se portanto que o teatro, na medida em que permanece encerrado em sua linguagem, onde entra em correlação consigo mesmo, deve romper com a atualidade; que seu objetivo não é resolver conflitos sociais ou psicológicos ou servir de campo de batalha para paixões morais, mas expressar objetivamente verdades secretas, trazer à luz do dia através de gestos ativos essa parte da verdade oculta sob as formas em seus encontros com o Devenir.” (Antonin Artaud)

Quem ainda não assistiu vale a pena dar uma conferida.

Contabilizei ir embora dia 3

Hoje dia de partida para Sampa, 03/01/2010.Chego na rodoviária e não tinha passagens. Feriadão prolongado, foi a primeira vez que isso me acontece. Cá estou ahora vasculhando sites de passagem aérea. Quem sabe não é pra ir de avião mesmo?

Acredito que a virada foi boa, sem firulas e sem luxos e exageros, o suficiente pra quem gostaria de estar ao lado de família como quis este ano. Permanecer aqui por mais alguns dias parece missão impossível, já estou ansiosa pra correr atrás das coisas na Pedra de Selva. Compro a passagem para o dia seguinte, desarranjo do motorista, parada mal calculada. Perco o ônibus das 14:00. Consigo transferir pra 22:00. Volto para Vespasiano novamente, parece uma piada. Deduzo; alguma coisa ta me segurando aqui. Fico encucada, muito estranho. Energia confusa paira na minha cabeça, não estou a vontade. Passo a tarde assistindo filmes, só desta vez compreendo o valor da TV por assinatura, Assisti Rambo 4 e ARN: O CAVALEIRO TEMPLÁRIO, bom!!! Aliás BRAVO!!! Fazia muitos anos que não assistia um desses filmes românticos. Hora combinada com meu velho, partimos .Agora só de COMETA.

Que dia é hoje?

O tempo só existe pra ser matado. Quantas vezes me esqueci de matá-lo?. Agora aqui estou em boas companhias, bruxinhas e baratinhas. Baratinhas sim ainda restaram algumas mesmo depois que descobri e destruí o ninho de uma delas nas gavetinhas de plástico da cozinha.Tem uma bruxa estacionada na tela da minha TV, aí que susto! Observando melhor parece um quadro contemporâneo. O que será que um inseto voador camuflado numa tela de 36 polegadas da marca Sansung quer dizer? Será que me toca? Putz olha outra ali pousada estranhamente em cima da parede da cabeceira que não existe da minha cama. Ai meu Deus será que terá outra gigante atrás de mim? Estou com medo.Minha mão está descascando!! Definitivamente estou virando uma barata.MC²


ESCALDOU O CAFÉ
A PELE VITIMA SALTOU
ENRRUGANDO COMO UM LÁTEX
CORAGEM PRA RESFRIAR A DOR SENTIDA
EMBARALHAMENTO DAS VISTAS EM SEGUIDA.
ESCALDOU A ALMA
COMO QUE QUERENDO TROCAR DE VIDA, ACESSOU MELANCOLIAS E TRISTE FICOU POR ALGUNS DIAS. SÓ ALGUNS DIAS.
NO PUNHO PERTO DO PULSO ASSANHADO O SANGUE FERVEU COMO QUE QUERENDO ESCAPAR SINALIZANDO A PRESENÇA DA MATÉRIA. DE ALGUM LUGAR AINDA SE TEM BRILHO PRA CONTINUAR A SE DESFAZER E RENASCER TODOS OS DIAS.
ESCALDOU TEMPOS DE SILÊNCIO ESPERANDO ATERRAR SOLIDÃO.
CÁ DO OUTRO LADO
COLOCOU UM DISCO
QUIS ENCONTRAR SÓ UM BREVE SORRISO
SE CONTENTOU EM OUVIR O BARULHO DA AMBULÂNCIA SEM MELODIA PARA OS OUVIDOS.
ARDIA AINDA OS SENTIDOS SOLTOS ESPALHADOS
A CARNE VIVA! MC²