Credo para quem quer ser
De lugar, haver de poder
encontrar algo que não dói e faz sentido
despejo um desejo árido parido
sem gosto e força pra viver
reagir...
não há luz suficiente que espere amanhecer esses dias de chuva
Como o suficiente,
não entrego fácil ao inimigo
cria de dias em cismas
cinzas
seu olhar despe-me como há tempos não sentia,
é frágil e delicado
cheio de mistérios correspondidos
desencontros surpreendidos
dores incuráveis
mordidas marcadas com tinta
Deixa ficar
sem querer esperar
sem sentir a partida do ir
deixa permanecer e
avistar juntos
horizontes desconhecidos
palavras esquecidas
melodias improváveis
sentidos incautos
varridos de nosso vocabulário inautido
Me apaixono por bruxas e estranhos
me arrependo
de ser ET.
mas não controlo essa sede da vida
do novo, daquilo que não posso ser
Eu vou ...
não tenho medo
estou só
como sempre,
ali passeam animais de tempo quente
Imaginei que você estivesse
a construir planos
e línguas aprendidas
mas você nunca foi
o que pensei. MC²
sexta-feira, 24 de novembro de 2017
terça-feira, 26 de setembro de 2017
+ Umas...
Amor que desmancha
Mancha
Dói, reclama
Amor caminho sem volta
Aventura
Paz e desespero
Medo
Quando desinflama a chama
Amor não é firmamento
É auto conhecimento
Amor sem peso
Sem medidas
Ditas
Melhor com mordidas
Presença e desejo
Com remetente concreto
Em carta escrita com suor e saliva
Amor não se esquece
Permanece mesmo depois que adormece. MC²
quinta-feira, 1 de junho de 2017
Perdi um poema que foi escrito pra mim naquele livro que venderam sem me pedir... Perdi um bocado de coisas ... mas ganhei tantas também ... Nessa história de se perder tem encontro também... tem descobertas, tem um negocinho que se sente quando você olha pra trás e percebe que a caminhada foi longa e perigosa...O sabor da conquista é único e pode até durar pouco mas é tão importante para ir a frente ... acreditar... Ando acreditando como há tempos não acreditava...
O poema foi de um boêmio, um dos primeiros caras que conheci em Sampa, ele se chamava Marcelo e andava com a turminha do Vidal, naquela época ainda existia o Café do Bexiga e foi lá que o conheci..
Era mais ou menos assim ...
" Se ser se como fosse
Se ser lia não seria
Cecília ... "
Um poema, um livro perdido e uma alma viva !!
Ahh o livro era "Monólogos da Vagina"
MC²
terça-feira, 9 de maio de 2017
G - Achei que você não curtia
B- Não é isso. Mas eu saquei quando você tentou esconder
G - Eu não te conheço
B- Deixa pra lá. Agora você faz e tá tudo certo
G - Eu não era assim desse jeito, eu acho que mudei
B - A gente muda , é inevitável. Você acha que isso vai passar ? Não vai.
G- Agora você vai sentar, precisamos conversar
B- Outro dia , já está tarde demais
B- Não é isso. Mas eu saquei quando você tentou esconder
G - Eu não te conheço
B- Deixa pra lá. Agora você faz e tá tudo certo
B - A gente muda , é inevitável. Você acha que isso vai passar ? Não vai.
G- Agora você vai sentar, precisamos conversar
B- Outro dia , já está tarde demais
quinta-feira, 19 de janeiro de 2017
Escritos perdidos no tempo
Essa temporalidade abstrai qualquer pensamento. Enquanto a vida se resolve pela sua própria naturalidade de "ser" . É possível que algum material inconsciente escondido nos recônditos sóbrios das reminiscencias aflorem de maneira sublimatória, livre e até expressivas demais.
A liberdade é assim, essa maneira desprotegida,inocente, artística, às vezes excludente. Embora a experiência acrescente enquanto saber e maturidade nunca se estará livre o suficiente para vivê-la. A juventude reforça os heróis, a revolução, o sonho que nessa fase da vida é a própria liberdade.
Como então não desejar o sonho ? E o por quê dessa fatalidade ? Se desconsiderarmos as influências sócio-culturais, onde estará a essência desse sonhar ?
Me parece que o sonho tem um conteúdo extremamente burguês, afinal, o que podemos dizer do andarilho muito bem descrito por Nietzsche? O andarilho não sonha, vive o instante porque acredita na vida. Ele reconhece e aceita o sofrimento e se exalta com a beleza da natureza. Para ele viver um dia após o outro, nem sonho, nem metas. Simplesmente, a celebração da vida...
(Achei esse rascunho em uma pequena folha de papel há poucos dias, independente do conteúdo, a filosofia sempre me excita - imagino que deve ser algo entre 2005 -2008 )
terça-feira, 10 de janeiro de 2017
Minha alma empapada ... decerto que não a sinto, não a vejo
tão nítida. Há um espanto com o tempo, uma discordância com os fatos. Difícil
voltar atrás, difícil encontrar o que se foi ... Minhas pernas estão mais
vigorosas, suportam mais o peso dos anos... eles são ... como tem que ser ...
como se suporta ser... Da experiência
das coisas boas é muito raro conseguir esquecer... e ...poderia ser mais
simples...
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