quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Escritos perdidos no tempo


Essa temporalidade abstrai qualquer pensamento. Enquanto a vida se  resolve pela sua própria  naturalidade de "ser" . É possível que algum material inconsciente escondido nos recônditos sóbrios das reminiscencias aflorem de maneira sublimatória, livre e até expressivas demais.
  A liberdade é assim, essa maneira desprotegida,inocente, artística, às vezes excludente. Embora a experiência acrescente enquanto saber e maturidade nunca se estará livre o suficiente para vivê-la. A juventude reforça os heróis, a revolução, o sonho que nessa fase da vida é a própria liberdade.
Como então não desejar o sonho ? E o por quê dessa fatalidade ? Se desconsiderarmos as influências sócio-culturais, onde estará a essência desse sonhar ?
   Me parece que o sonho tem um conteúdo extremamente burguês, afinal, o que podemos dizer do andarilho muito bem descrito por Nietzsche? O andarilho não sonha, vive o instante porque acredita na vida. Ele reconhece e aceita o sofrimento e se exalta com a beleza da natureza. Para ele viver um dia após o outro, nem sonho, nem metas. Simplesmente, a celebração da vida...
(Achei esse rascunho em uma pequena folha de papel há poucos dias, independente do conteúdo, a filosofia sempre me excita - imagino que deve ser algo entre 2005 -2008 )

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Minha alma empapada ... decerto que não a sinto, não a vejo tão nítida. Há um espanto com o tempo, uma discordância com os fatos. Difícil voltar atrás, difícil encontrar o que se foi ... Minhas pernas estão mais vigorosas, suportam mais o peso dos anos... eles são ... como tem que ser ... como se suporta ser...  Da experiência das coisas boas é muito raro conseguir esquecer... e ...poderia ser mais simples...