domingo, 19 de janeiro de 2025

Colonizadores de Almas

 Caravelas aportadas 

Sonhos abortados 

Cintilante branco dos cabelos em sorrisos largos 

Lábios em lábias de prosas lascívias 

É pele que fura a alma desatenta 

A saliva grossa engolida 

Hiatos sufocantes 

De desejo parido em extrato 

Resto calcinante  que resseca sem ser escolhido 

Foi vento  desviado …

Em embarcações atrofiadas pelo tempo 

Madeira sem lastro 

Veneno no prato 

Língua morta 

Assim ancorado 

Enferrujado

A boca seca. 

Tudo é Nada 

Órbita do próprio umbigo 

Famigerado vazio sem brio 

Nos jornais apareceu como ovo frito 

Jantado em segundos; quebrado , estalado, engolido 

Tão rápido insaciável e esquecido. MC²

Nenhum comentário: