domingo, 22 de fevereiro de 2009

EM BREVE

"Quem for idêntico a si próprio, este pode ser colocado no caixão, este já não existe mais,não está mais em movimento. Idêntico é um memorial. O que precisamos é do futuro, e não da eternidade do instante. Precisamos desenterrar os mortos, mais e mais, porque só deles podemos receber o futuro. NECROFILIA É O AMOR AO FUTURO.É preciso aceitar a presença dos mortos como parceiros de diálogo ou destruidores de diálogo-o futuro surge somente do diálogo com os mortos" Heiner Muller


Nekropolis é uma peça que retoma o tema da ação política no contexto altamente complexo do Brasil contemporâneo. Em sua narrativa, um grupo de indivíduos se congrega numa organização auto-denominada ESTIRPE; excluídos, vivendo à margem (como muitos brasileiros), dedicam-se a desenterrar cadáveres - e com isso, trazer à tona os crimes impunes cometidos por um Estado negligente e por uma sociedade permissiva.
Na montagem, o texto dialoga com uma dramaturgia musical que confronta, enfatiza, nega, questiona, sonha, cantando como num contraponto que procura frestas entre os espaços da palavra.

Gustavo Kurlat e Roberto Alvim

"Desumanizados e improdutivos, inúteis sem pátria em sua própria pátria,

um indivíduo que não tem mais nada a perder responde com o que Jean-Paul Sartre chamou "la ragge folle": a raiva enlouquecida.

São milhões – milhões – de seres sem voz, criaturas sub-humanas invisíveis sobrevivendo nas periferias dos grandes centros urbanos, procriando mais e mais, alastrando sua herança maldita. Como uma peste. Tão excluídos que falam outra língua, desenvolvida ao longo de séculos de analfabetismo funcional; divorciados até da possibilidade de diálogo conosco. Nós os matamos em vida; eles estão começando a descobrir como é viver na morte.

Se fecharmos os olhos e escutarmos com atenção, é possível ouvi-los se aproximando. Cada vez mais perto, muitos.

Com a voracidade e o potencial para destruição de um bando de mortos-vivos de filme B.

Nossa civilização

é sua necrópole".

Roberto Alvim

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

"SE NÃO HÁ HIPÓTESE NÃO HÁ RISCO".MC²

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

"O MUNDO É PEQUENO, CABE NUM FUSCA. OU SERÁ NUMA KOMBI?" MC²