sexta-feira, 3 de abril de 2020

DIA 03/04/2020
Eles estão por toda a parte , além das câmaras de segurança , dos controles cidade, eles estão e se espalham rapidamente. A cidade é como lembrança de sermos todos vítimas,talvez,pudesse ser diferente se estívessemos em contato com toda a natureza e distantes. A natureza somos em sacrificio. Dá pra ouvir o vento, algumas sirenes e, claro, os pensamentos, preciosos . São eles nosso refúgio, nosso deleite, nossa fuga. É tão ingénuo e mórbido que me sinto adolescente lendo "O diário de Anne Frank" , aliás um dos livros  que me marcou por sua trajetória de resistência e heroísmo. Tirando o lado tenebroso dessas situações , agora me sinto feliz em registrar esse momento, afinal, além de histórico e o risco que ele cabe, é histórico. E mesmo que isso custe muitas vidas (por favor, sou uma humanista , não acho que vidas são coisas) Será e já é virada. Ter medo de passar em frente a um hospital... é isso.
Estão registradas em minha mente, nunca as vias e ruas de minha casa foram iguais. São guetos escuros... as ruas como viadutos