sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Hoje depois de muito tempo sem escrever acabo de encontrar esse rascunho escondido há quase um ano mas é tão atual que estou assustada.


As palavras fugiram das minhas mãos,

precisaria driblá-las, metê-las a gol para conseguir cravá-las e  materializar toda essa dor.
Como não?
Estão vazando pelos meus poros, orifícios há tempos
Já não sei o que é memória de deslizar o roto lápis no papel.
Esqueci também quem fui
Talvez tenha uma vaga lembrança de quem sou.
Alteridade essa que me perturba.
Nunca o outro foi um poço tão escuro e profundo sem palavras, sem razão

coração.
Tomar as palavras que possuem meus buracos agora, talvez, aliviem esse peso de amar sem medidas ou amar com tantas medidas.
Venham me possuir rainhas de meus lábios, coloquem em minha boca a saliva mais saborosa, o doce mais rico, o sal mais nutrido.
Só.


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