domingo, 17 de junho de 2018

Pátria de Copas

Estranhos se passam de ordinários
Para além de uma melodia harmoniosa 
A conspiração sobre Deus e os diabos sempre alimentou a mente humana
Desejos suspiram de um lado esquecido 
Há quem paga a conta silenciosamente, há quem grita a revolução sem qualquer sequência 
Se os canários fossem russos saberiam a diferença de perestroika e glasnost ?
Qual a cor seria das suas lutas?
Aportaram nos navios apenas tamancos em forma de bananas purpurina cor de carne seca 
Esqueceram Siddhartha flutuando nos índicos acreditando em eu dourados canibais 
Escravizaram a pele,  a vida e alma negreira 
Exportaram pau da terra Brasil 
Garapa, cana, café , soja, carne...
Cavaram o lance, driblaram, golearam como herói anti macu naí é má
Nas ruas tudo virou mi careta
Patos 
Cagaram, foderam, grasnaram 
Ao som da orquestra de aço inoxidável 
Servido panelaço de cupim 
Lá vai pobre, índio, mulher e travesti 
Tomar na cara e pagar o vício de estuprar pátria amada como manequim 
Era dia de Copas 
Dia de enfeitar os ânimos e torcer na arquibancada da multidão apertada em misérias e anemias 
Dia de farfalhar os galhos ainda vivos 
Sem medo da poda alívio que cura a cicatriz deixando a raiz 
Mas ...
Acabou virando ovos mexidos 
Raspados no anti aderente 
Leve 
Solto 
Engolido em 2 minutos. MC²

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